Prologica CP-500

CP-500

Reativando um post antigo que fiz com novas informações, sobre este que foi un ícone da tecnologia nos anos 80 no Brasil, o famoso CP-500, considerado por muitos o primeiro computador pessoal no Brasil.

O “CP-500”, foi um computador fabricado pela Prologica durante a década de 80 no Brasil. Baseado na arquitetura do americano “TRS-80”, usava o processador “Z80” e seu sistema era o Basic, então havendo compatibilidade de software entre os modelos americanos.

Ao lado vemos uma propaganda de época!

A Prológica

Leonardo Bellonzi e Joseph Blumenfeld em março de 1976, resolveram comercializar o protótipo da máquina contábil que acabavam de montar. Seis meses depois, lançavam a máquina no mercado, passando de distribuidores a produtores de equipamentos eletrônicos.

Assim nasceu a empresa que, a partir de 1980, ocuparia destacada posição entre as produtoras nacionais da área de informática – a Prológica Indústria e Comércio de Microcomputadores Ltda. Em 1985, a Prológica ocupava o terceiro lugar na classificação das empresas nacionais do setor, empregando mais de 1.500 funcionários. A linha de micros incluia desde modelos mais simples, como o CP 200 e o CP 300, até equipamentos médio como o CP 500.

Logotipo da Prológica

No setor de equipamentos profissionais, a Prológica produziu o Sistema 600, Sistema 700 e o Super 700, todos de 8 bits, e em 1985, seguindo tendência do mercado internacional, lançou o SP 16, um micro modular de 16 bits compatível com o IBM PC.
Impressoras matriciais, unidades de disco rígido tipo winchester e unidades de disco flexível completavam a sua linha de produtos.

Mais detalhes

O “CP-500” foi um dos microcomputadores nacionais de maior sucesso de vendas em sua faixa de mercado. Foi o primeiro micro nacional totalmente compatível com o TRS-80 Modelo III, fabricado pela Tandy Radio Shack americana. Robusto e versátil, o CP 500 original (na cor bege) era um computador de porte médio, sendo largamente empregado em diversas finalidades, isso, devido aos diversos periféricos e a grande quantidade de software disponível para as mais variadas aplicações.

O CP 500 tem todos os seus componentes básicos integrados em um único gabinete feito de poliuretano, ou seja, a CPU, teclado, vídeo e uma ou duas unidades de disquete fazem parte de um console único, sem fios externos de conexão. É baseado no microprocessador Zilog Z 80A, de 8 bits, operado com um relógio de 2 MHz. A CPU, a memória principal e os controladores básicos de E/S são montados em uma placa-mãe única, com a fonte de alimentação separada, mas dentro do mesmo gabinete, a ventilação também é, interna.

Todos os sinais de entrada, saída e controle do barramento são disponíveis em um conector de borda, na parte traseira do gabinete. Por meio dele podia ser conectado expansões ou periféricos. Na parte traseira existem também os conectores para saída paralela (impressora), serial (RS-232C), para duas unidades adicionais de disquetes externa, e para um gravador cassete.Em seus 16 Kbytes de memória ROM estão pré-gravados o sistema monitor e o interpretador BASIC nível II, na versão básica tinha 16 Kbytes de memória RAM, que podia ser expandida para 48 Kbytes. Tinha também uma segunda memória RAM de apenas 1 Kbyte, utilizada como buffer de vídeo. Internamente, a CPU dispõe de um alto-falante e de um relógio em tempo real, com data e hora, acessível através de software.

A própria Prológica oferecia uma ampla variedade de periféricos para o CP 500, entre eles, as impressoras matriciais. A mais barata era a P 500, projetada especialmente para o CP 300 e o CP 500, bidirecional, com velocidade de 100 caracteres por segundo e 80 colunas no modo de impressão normal. Para uso mais pesado, tinha a impressora P 720 com 200 cps e P 725 com 250 cps, ambas com 132 posições de largura. Outros periféricos eram: som estéreo, joystick, plotter, placa de comunicação bisserial tipo RS-232C (110 a 9.600 bps, em modo síncrono e assíncrono) e modem. O CP 500 em sua versão básica tinha apenas o sistema monitor e o interpretador BASIC nível II, residentes em ROM.

No sistema com disquetes, o usuário passava a contar com o BASIC estendido, muito mais poderoso, que incluia comandos de acesso às unidades de disquetes. O sistema operacional DOS 500 era inteiramente compatível com o DOS padrão dos TRS-80 Modelo III. Devido a sua total compatibilidade com os modelos da família TRS-80, o CP 500 podia utilizar a imensa variedade de software aplicativos, abrangendo as mais diversas áreas como: educacional, financeira, recreação, administrativa, etc.


CP 500/M80C

A Prológica lançou em 1985 o CP 500/M80, um modelo melhorado do CP 500, era um microcomputador com a mesma aparência externa do CP 500 original, mas na cor grafite, operava com dois sistemas operacionais, o tradicional DOS 500 e o SO-08 (compatível com o CP/M). Usando o CP 500/M80 com o SO-08 o usuário passava a ter 64 Kbytes de memória RAM e 2 Kbytes de memória ROM, o monitor trabalhava com 24 linhas e 80 colunas.

Tinha também uma biblioteca maior de programas, pois como o SO-08 era compatível com o CP/M, podia rodar programas como o CalcStar, Dbase II, WordStar e programas aplicativos da Prológica compatíveis com o Sistema 700 e muitos outros. Com a instalação de uma porta RS-232C, era possível acessar o Videotexto, Cirandão (Projeto Ciranda), Aruanda etc.

Em 1986, a Prológica lançou o CP 500/M80C (“C” de compacto). Era 30% mais compacto, isso, devido ao novo modelo de drive de 5,25 polegadas utilizado, enquanto os modelos anteriores utilizavam o drive full height (alto), o novo drive era slim (metade da altura). A posição dos drives também mudou, passou a ser vertical. A cor do M80C era branco, o restante de suas características era igual ao CP 500/M80. Um ano mais tarde, a Prológica lançou o CP 500 Turbo, a principal inovação era o clock de 4 MHz.


Teclado

O teclado é integrado à parte frontal do gabinete, é do tipo profissional, com 65 teclas e disposição QWERTY no bloco básico. Podia digitar caracteres maiúsculos e minúsculos, além de funções de controle de cursor, de tela, correção e entrada. Todas as teclas possuem função de auto-repetição. Há também um bloco numérico separado, adequado para digitação rápida de números. Na lateral direita do teclado numérico encontra-se em uma cavidade o botão de RESET do CP 500.


Vídeo

O monitor de vídeo, também integrado ao gabinete, é de 12 polegadas, em tela de fósforo verde. O formato da tela é de 16 linhas de 64 caracteres, podendo ser selecionado por software o modo expandido com 32 caracteres de largura dupla.No modo gráfico padrão, a resolução é de 128 x 48 pixels, com endereçamento individual por software, ou então 64 caracteres semi-gráficos e 160 caracteres especiais. Opcionalmente podia adicionar uma placa de controle gráfico de alta resolução (502 x 192 pixels, vídeo inverso e três tons de cinza).


Memória Auxiliar

A versão básica do CP 500 original utilizava como memória auxiliar apenas um gravador cassete comum (essa configuração foi pouquíssimo utilizada), conectado através dos conectores EAR (fones de ouvido), AUX (microfone) e REMOTE (controle do motor). A taxa de transmissão podia ser programável via software em dois níveis: baixa velocidade (500 bauds, aproximadamente 63 caracteres por segundo) ou alta velocidade (1.500 bauds, aproximadamente 190 cps). Na versão expandida, podia ser colocada no gabinete uma ou duas unidades de disquetes de 5,25 polegadas (full height) , de face simples e densidade dupla, na posição horizontal. Os disquetes eram formatados por software, no padrão TRSDOS, com 40 trilhas de 18 setores de 256 bytes, e capacidade total de 178 Kbytes cada. Duas outras unidades de disquetes podia ser adicionadas externamente.


OBS: Algumas informações foram retiradas do site www.mdutra.com

Um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *