Entre a Promessa e o Perigo da IA
Uma Reflexão Crítica sobre a Inteligência Artificial e o Futuro da Humanidade
Computador Cérebro Humano
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Hoje para alguns (incluindo eu) é um dia especial. Ano bissexto, 29 de Fevereiro de 2024. Como a muito não escrevia no meu blog, hoje resolvi arregaçar as mangas e trazer algo para vocês.
No mundo desesperado por novas tecnologias e rapidez nos processos, alem do infinito crescimento pelo lucro, a promessa e o perigo caminham lado a lado, especialmente no campo da inteligência artificial (IA). Como alguém profundamente cético em relação à corrida atual pela supremacia em IA, minhas preocupações vão além da ética e mergulham nas limitações computacionais intrínsecas dessas tecnologias. A IA, na sua forma atual, é uma devoradora insaciável de dados, exigindo capacidades computacionais que simplesmente não possuímos (para ser algo proximo de um cérebro humano). A esperança para alcançar um avanço verdadeiramente significativo pode residir na computação quântica, mas até lá, estamos brincando com ferramentas que mal compreendemos.
A reflexão de Noam Chomsky sobre a IA lança luz sobre essas preocupações. Ele argumenta que a IA de hoje, incluindo ferramentas como o ChatGPT, difere drasticamente da inteligência humana na sua essência. Enquanto nós, humanos, somos capazes de gerar explicações e compreender o mundo com uma quantidade finita de informações, a IA atual se baseia na correlação de enormes volumes de dados, sem verdadeira compreensão ou criação. Chomsky até sugere que, em vez de chamarmos essa tecnologia de “Inteligência Artificial”, deveríamos vê-la como um “Software de Plágio”, dado seu método de copiar e modificar trabalhos existentes e “tentar” passar despercebido. Ele tambem diz que, a AI não cria nada, mas copia obras existentes de artistas existentes e as modifica de uma forma que pode escapar dos direitos autorais. Ele indaga: Este é o maior roubo de propriedade intelectual já registrada na humanidade? Uma coisa é certa, a AI irá sem dúvida ser uma revolução no emprego de tarefas repetitivas e exterminará muitos empregos.
Essa perspectiva me faz questionar: estamos avançando em direção a uma era de inovações verdadeiras ou simplesmente nos perdendo em um mar de dados, confundindo quantidade com qualidade? A promessa da computação quântica traz alguma esperança, com o potencial de superar as limitações atuais e nos aproximar de uma IA que pode verdadeiramente aprender e criar de maneira autônoma. Eu dúvido muito. Mas até lá, devemos ser cautelosos com o poder que atribuímos a essas máquinas e as expectativas que colocamos sobre elas. O futuro da IA pode ser tão promissor quanto perigoso, e cabe a nós navegar essas águas turbulentas com sabedoria e prudência.
Ighor Toth